Boas Práticas

Publicado pela primeira vez no Natal de 1996, o jornal O Gazeteiro tornou-se, ao longo dos seus já 27 anos de existência, um verdadeiro símbolo do Colégio D. Luísa Sigea, fazendo parte do percurso de sucessivas gerações de membros desta comunidade educativa. O seu nome nasceu a partir da polissemia da palavra “gazeteiro”, que, podendo referir-se, por um lado, a quem escreve em gazetas, ou seja, em jornais, é igualmente um termo utilizado para designar um estudante que faz gazeta, isto é, que falta às aulas, não cumprindo as suas tarefas. Deste modo, com a escolha do título O Gazeteiro pretendeu-se, desde logo, mostrar a ambição de criar nos nossos alunos – e até mesmo naqueles que menos empenhados se mostram na vida académica – espírito de verdadeiros jornalistas. Com efeito, desde a sua primeira edição até à mais recentemente publicada – número 64, do verão de 2023 –, o jornal O Gazeteiro tem tido como principal objetivo o de motivar os alunos para a escrita, procurando desenvolver neles o gosto por esta competência. Paralelamente, procura também ser um veículo de comunicação da identidade da escola, dando a conhecer aos diferentes membros da comunidade educativa, nomeadamente às famílias, as múltiplas atividades promovidas pelo Colégio, quer em contexto de sala de aula, quer fora deste espaço. Ao longo destas mais de duas décadas e meia – e à semelhança do que aconteceu com o mundo e com a escola –, também O Gazeteiro se foi adaptando a novos tempos e evoluindo. Assim, depois de cinquenta e sete edições em formato papel – algumas igualmente publicadas no site do Colégio –, em 2020 o jornal passou a ser editado em formato digital. De facto, tendo em conta não só a situação pandémica que então se vivia, mas também a presença cada vez maior da componente digital nas nossas vidas, O Gazeteiro passou, a partir do número 58, a ser editado digitalmente, sendo enviado, por correio eletrónico, para todos os membros da comunidade educativa – pais, alunos, docentes e não docentes. A exceção a esta publicação digital foi precisamente este último número (n.º 64), pois tratou-se de uma edição substancialmente diferente, composta maioritariamente por testemunhos de famílias de alunos sobre o Colégio. Assim, entendeu-se regressar, ainda que pontualmente, à versão em papel. Quanto à periodicidade da publicação de O Gazeteiro, também ela sofreu algumas alterações nos últimos anos. Com efeito, se desde a sua criação eram habitualmente editados três números por ano – coincidindo precisamente com o final dos períodos letivos –, são agora publicadas anualmente duas edições: a de Natal, em dezembro, e a de verão, em finais de junho ou início de julho. Além dos alunos, toda a restante comunidade educativa é envolvida no processo de criação de O Gazeteiro. Docentes – e, sobretudo, um grupo que tem a seu cargo a coordenação global da edição – e famílias, como aconteceu, por exemplo, neste último número publicado, empenham-se fortemente neste verdadeiro projeto de escola – que visa, em última análise, o desenvolvimento da literacia por parte das nossas crianças e jovens. Se O Gazeteiro cumpre já um papel relevante no desenvolvimento de diversas competências dos nossos alunos, entendemos que o grande desafio para o futuro consiste na capacidade de fazer deste espaço um verdadeiro fórum de discussão de temas relevantes e da atualidade – fomentando, assim, o espírito crítico e a capacidade de intervenção cívica das nossas crianças e jovens.