Boas Práticas

No ano letivo (2018/2019), a Leonor Ferreira e a Letisia Antku apresentaram, à Equipa Eco-Escolas, o desejo de fazer um jornal. Foi o ano zero da experiência que viria a traduzir-se na publicação do primeiro número d’ OS NORONHA.

Chegados a 2019/2020, o trabalho iniciou-se no 1.º período, com o apoio das professoras Irene Bernardo (Português do 2.º Ciclo) e Graça Fernandes (História e Geografia de Portugal do 2.º Ciclo), que vem a abandonar o projeto por falta de disponibilidade.

O primeiro passo consistiu na definição do tempo de trabalho da equipa. A Leonor e a Letisia, ambas no 8º B, tinham um horário bastante preenchido, tendo sido, no entanto, possível encontrar, às 5ªs feiras, 50 minutos (no intervalo do seu almoço) em comum com a disponibilidade das docentes. Depois, procurou-se um espaço de trabalho. Pode dizer-se que até meados do 2.º período o grupo foi deambulando entre salas de aula, "salinhas" de trabalho e biblioteca, ao sabor das vagas.

Em seguida, definiu-se a estrutura e o layout da publicação. O que se pretendia divulgar e o formato, já que se visava quer a impressão de alguns exemplares em papel, quer a publicação na página web do Agrupamento. Uma vez que grande parte das atividades da Noronha Feio é dinamizada pela Equipa Eco-Escolas, o jornal teria um caráter eminentemente ecológico e ambiental. Decidiu-se então que, para além do Editorial, na secção “Eventos” se daria visibilidade às atividades desenvolvidas na Escola por período, com o objetivo de que toda a comunidade tivesse delas conhecimento; na “Sociedade” abordar-se-iam temas da atualidade e no “Lazer” ou “Informações” abrir-se-ia espaço para passatempos e atividades de caráter lúdico ou comunicações relevantes. Procurar-se-ia diversificar o tipo de texto, incluindo para além da notícia, o artigo de opinião, a entrevista, o roteiro e a reportagem. Contar-se-ia com textos de outros alunos.

Como em qualquer projeto, também este teve constrangimentos. Não obstante, a vontade de o levar avante suplantou a falta de tempo para conciliar os estudos com a pesquisa, as reuniões, a redação dos textos, a revisão etc. Foi uma empreitada árdua levada com empenho, dedicação e persistência. O esforço da Leonor e da Letisia foi recompensado não só pela concretização do projeto, como pelo seu crescimento: o tímido número apresentado em dezembro deu origem, em plena pandemia, já em confinamento e em condições ainda mais adversas, a um segundo número mais completo e maduro que recebeu rasgados elogios de todos os que o apreciaram, quer na página do Agrupamento, quer no EcoGerações Noronha (Facebook).

Os aspetos positivos foram muitos: o pôr em prática a teoria aprendida acerca dos textos comunicacionais; o despertar da consciência para o que se passa no mundo, aguçando a necessidade de procurar e selecionar informação, refletindo sobre os temas; o usar o jornal como meio de divulgação de trabalhos dos alunos; o promover métodos e organização do trabalho; o desenvolver o espírito de equipa, e principalmente a possibilidade de dar voz e visibilidade a todos os alunos, professores, assistentes operacionais e técnicos que, são os agentes que "fazem e vivem" a Escola.

 “OS NORONHA” é a semente que continuará a dar os seus frutos, pelas mãos de outros jovens da família Noronha Feio que se juntarão à Leonor e à Letisia, promovendo o espírito crítico, a literacia mediática, o conhecimento do Mundo e da atualidade e o gosto pela informação, fortalecendo a identidade de uma Escola.