Boas Práticas
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Escola EB 2/3/S Dr. Vieira de Carvalho
Hora do Conto
Em tempos de tablets, e-books, redes sociais e internet, tornar o momento da «contação» de histórias prazeroso e estimulante é um desafio. Atualmente, observamos que crianças, jovens e adultos tendem a ser mais imagéticos do que textuais.
Acreditando na importância do faz-de-conta, da fantasia, do encantamento da Hora do Conto para o desenvolvimento da criança, a professora Ida Santos em parceria com as professoras dos grupos homogéneos de Português, do 5º ano, do turno da manhã e da tarde, dedica duas horas semanais à atividade «Hora do Conto», para reavivar esta arte milenar.
Contar histórias passou a ser compreendido como uma possibilidade bastante rica de estratégia alternativa, ajudando a desmistificar a relação leitor e livro e proporcionando momentos agradáveis de prazer e alegria no contacto com o mundo mágico da literatura oral.
A “Hora do Conto” visa promover a literacia, contribuindo para o gosto pela leitura de pequenos contos que podem fazer a diferença no mundo de hoje, contos esses que convidam não só a refletir como a sonhar. As histórias/contos, são selecionadas permitindo deste modo uma reflexão sobre os princípios fundamentais da sociedade atual, abordando temas relacionados com as vivências individuais e coletivas, e a transmissão de valores como a solidariedade, a justiça, a generosidade, o amor, o respeito por si próprio e pelos outros, a delicadeza, a responsabilidade, o racismo entre outros. O público ouvinte, por meio de expressões de espanto, de prazer, de admiração, estimula o contador no momento da leitura, resultando estes momentos em «trocas de energia» estéticas e literárias únicas. Estes momentos agregam, também, dinamismo e proporcionam um entusiasmo no ato de ouvir.
No presente ano letivo, após a leitura do conto semanal, o texto é «desconstruído», com o objetivo de retirar a (s) mensagem (ns) principais. De seguida, os alunos passam para uma mesa de trabalho onde,decoram e registam uma mensagem sobre o conto ouvido, num suporte, feita em feltro. Todos os trabalhos elaborados são colocados numa placa de tecido que ficam visíveis a todos que procuram a biblioteca.
O livro é sempre abordado como um objeto de prazer e de educação, para que a criança encontre nele a satisfação das necessidades reais e é no espaço da biblioteca que se afirma o direito ao tempo livre, à viagem, à criatividade, ao prazer individual.
O auxilio do livro, utilizado durante a leitura e valorizando as suas ilustrações; a produção de sons que pretendem trazer para a realidade alguns momentos da narrativa; o convite a imaginar uma realidade ou a recordar uma memória no sentido de envolver o ouvinte com a associação de atividades de pintura ou colagens. Ao utilizar estas e/ou outras técnicas, a professora valoriza o conteúdo da história, mas também promove o envolvimento das crianças na história. Sendo a criança um sujeito ativo no seu processo de aprendizagem, é primordial que esta tenha um papel participativo neste momento da rotina, que não seja apenas espetador, mas sim um dinamizador, critico e opinante nas reproduções que vê. Assim, a partir das histórias a criança pode aprender “estratégias de luta para vencer batalhas interiores” (Cavalcanti, 2005, p. 21).
Os custos/despesas dos materiais utilizados para a construção de suporte ficam a cargo da responsável da atividade.De realçar a assistente operacional Madalena e a bibliotecária Elza Coelho que dão um contributo essencial para que esta atividade tenha o êxito expectado.