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Grande vencedor da 6.ª edição da Escola Amiga: Reinventar a Coser o Planeta!
1/23/2024
É claro que a escola se define pelo carinho com que acolhe cada criança. Pelo rigor e pela delicadeza como a ensina. Pela forma como incentiva a surpresa e o espanto. E pelo jeito, descontraído, mas comprometido, com que pega na singularidade de todos e a expande e a liga e aprofunda. Que faz com que a escola só seja de todas as crianças quando ela é íntima e cúmplice para cada uma.
É claro que a escola se compõe de pessoas e de espaços. E por mais muros que possa ter, a escola são portas, praças e caminhos. E ideias. E coisas pequeninas que, todas juntas, a ligam ao lugar a onde ela vive. E a ligam ao mundo. Fazendo com que a escola seja o lugar de onde se vê das entrelinhas ao mais longe.
É por isso que a Escola Amiga da Criança tem um orgulho enorme de trazer ideias e iniciativas de todas as escolas, de todos os graus de ensino, de Portugal a todos os lugares do mundo onde se ensina em português. E de trazer até todos nós a paixão, a garra, a irreverência e a alma dos professores que transformam as suas horas vagas numa vaga de projetos que arrebatam os nossos filhos para um conhecimento que vai muito para lá dos programas, dos objetivos e das metas curriculares.
É assim com projeto vencedor da 6ª edição da Escola Amiga da Criança, da Escola EB2/3 Virgínia Moura, de Guimarães. Que desafiou os seus alunos a minimizar o desperdício têxtil, sensibilizando-os para o consumo desenfreado e para a economia circular. Pedindo-lhes as peças de roupa e os resíduos de tecidos que teriam em excesso. Levando-os a classificá-los e a reaproveitá-los. Cortando e cosendo. Criando estojos, sacos e outras peças que passaram a usar. Chamando-lhes a atenção para o desperdício. E construindo com eles o projeto Reinventar a coser o planeta. Ensinando-lhe que as grandes causas se compõem de pequenos gestos.
A Escola Amiga da Criança não é um ranking de escolas. Mas traz-nos a lista de muitas e muitas escolas que nos mostram, todos os dias, como o mundo se muda de dentro para fora da escola. Com os professores e as comunidades com que a escola convive. E com a admiração dos nossos filhos para quem, todos os dias, traz sempre mais um motivo para fugirem para a escola.
Eduardo Sá