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Dia Internacional para a Proteção da Camada de Ozono
8/15/2021
O Dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozono é celebrado anualmente a 16 de setembro; esta data procura sublinhar a importância que a camada de ozono representa para o Planeta Terra, protegendo-o dos raios solares e contribuindo para a preservação da vida que nele existe.
Cria a barreira necessária que evita que os raios ultravioleta atinjam a Terra, regula as alterações climáticas e exerce uma influência preponderante na proteção da saúde humana e no equilíbrio dos ecossistemas.
Este dia foi proclamado através da Resolução 49/114 adotada na Assembleia Geral das Nações Unidas de 23 de janeiro de 1995.
Em mensagem, o secretário-geral António Guterres incentiva a ação conjunta para preservar a camada de ozono. O apelo do chefe da ONU é que essa vontade seja aplicada “para curar o planeta e forjar um futuro mais brilhante e mais justo para toda a humanidade”.
O buraco na camada de ozono que ocorre anualmente na Antártida atingiu seu pico anual em 2020 e é um dos maiores e mais profundos dos últimos anos. Os dados mostram que o buraco atingiu seu tamanho máximo agora entre o fim de setembro e o começo de outubro.
O buraco na camada de ozono em 2020 cresceu rapidamente a partir de meados de agosto e atingiu um pico, acima da média da última década e se espalhando por quase todo o continente antártico.
O buraco na camada de ozono no Hemisfério Sul é o maior e mais profundo dos últimos anos depois de ter sido muito pequeno no ano passado. A informação foi confirmada também por cientistas da agência europeia Copernicus. Em algumas áreas, a concentração de ozono é próxima de zero. As condições meteorológicas, com um vórtice polar muito estável e com frio extremo, têm favorecido a destruição do ozono.
“O buraco na camada de ozono em 2020 se parece com o buraco em 2018, que também foi bastante grande e está definitivamente no topo daqueles vistos nos últimos quinze anos ou mais”, disse Vincent-Henri Peuch, Diretor do Serviço Copernicus Atmosphere Watch.
“Com a luz do sol retornando ao Pólo Sul nas últimas semanas, vimos a destruição contínua da camada de ozono na área. Após o curto e incomum buraco na camada de ozono em 2019 – que foi desencadeado por condições climáticas especiais – estamos vendo um bastante grande novamente este ano, confirmando que temos que continuar a aplicar o Protocolo de Montreal que proíbe as emissões de produtos químicos que destroem a camada de ozono”, disse.
O Sistema Copernicus mede constantemente as condições do ozono na atmosfera com dados de satélite, verificando-os com medições de sondas globais e é capaz de criar previsões sobre a sua evolução.
O buraco na camada de ozono se forma todos os anos na primavera, quando os primeiros raios de sol atingem os polos. Compostos químicos proibidos pelo Pacto de Montreal, como clorofluorcarbonetos (CFC) e substâncias que contêm bromo, se acumulam dentro do vórtice polar. Nas temperaturas extremas do vórtice polar (a corrente estratosférica que mantém o ar frio confinado nos polos), formam-se nuvens estratosféricas que promovem reações químicas que destroem a camada de ozono.
Os compostos químicos permanecem inativos até serem atingidos pelos primeiros raios do sol. “A energia do sol libera átomos de cloro e bromo quimicamente ativos no vórtice que rapidamente destroem as moléculas de ozono, causando a formação do buraco”, explicou Copernicus em um comunicado.
O ozono é um escudo natural contra os raios ultravioleta. A principal consequência do buraco na camada de ozono é a maior exposição a essas radiações, que podem causar câncer de pele e problemas oculares em áreas desprotegidas pela camada. Além disso, pesquisas recentes sugerem um nexo entre o buraco de ozono e as correntes marinhas e atmosféricas responsáveis pelo clima de médio e longo prazo.
FONTES: EUROCID & ONU & MetSul.com