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    A Rapariga do País de Abril

    A Rapariga do País de Abril

    4/25/2023

    Habito o sol dentro de ti

    descubro a terra aprendo o mar

    rio acima rio abaixo vou remando

    por esse Tejo aberto no teu corpo.

    E sou metade camponês metade marinheiro

    apascento meus sonhos iço as velas

    sobre o teu corpo que de certo modo

    é um país marítimo com árvores no meio.

    Tu és meu vinho. Tu és meu pão.

    Guitarra e fruta. Melodia.

    A mesma melodia destas noites

    enlouquecidas pela brisa no País de Abril.

    E eu procurava-te nas pontes da tristeza

    cantava adivinhando-te cantava

    quando o País de Abril se vestia de ti

    e eu perguntava atónito quem eras.

    Por ti cheguei ao longe aqui tão perto

    e vi um chão puro: algarves de ternura.

    Qaundo vieste tudo ficou certo

    e achei achando-te o País de Abril.

    Manuel Alegre, 30 Anos de Poesia, Publicações Dom Quixote

    

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