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    Importância do Consumo de Fruta na Infância

    Importância do Consumo de Fruta na Infância

    11/4/2019

    A alimentação saudável em idade escolar é um dos fatores determinantes para o normal desenvolvimento físico e intelectual da criança, assim como promoção da sua saúde, prevenindo doenças associadas à má alimentação, como a obesidade. Um padrão alimentar saudável deve ser equilibrado, completo e variado.

    Os primeiros anos de vida da criança são ideais para transmitir conhecimentos importantes, nomeadamente ao nível da alimentação, uma vez que os hábitos alimentares aprendidos durante a infância determinam os comportamentos alimentares na idade adulta. Os pais, a família e os educadores em geral desempenham um papel muito importante na aprendizagem do “saber comer” porque, à semelhança do que acontece noutras áreas do saber, as crianças não estão dotadas de conhecimentos para escolher os alimentos em função do seu benefício e valor nutricional. As crianças apreendem os hábitos alimentares através da observação dos adultos, vivenciando a escolha, preparação e confeção dos alimentos. Neste sentido, o momento de preparação dos alimentos, seja para as refeições principais e/ou merendas, representa uma oportunidade de praticar e fortalecer os conhecimentos alimentares e nutricionais das crianças desenvolvendo uma aprendizagem sobre alimentação e enraizando nela hábitos alimentares saudáveis.

    A nova Roda dos Alimentos representa um bom guia alimentar para a escolha alimentar diária. A sua divisão em sete grupos permite identificar facilmente qual a proporção com que os alimentos de cada um desses grupos deve estar presente na alimentação diária, incentivando maior consumo dos alimentos pertencentes aos grupos de maior dimensão e menor consumo daqueles que se encontram nos grupos de menor dimensão. No caso das crianças, as doses a consumir diariamente de cada grupo de alimentos devem estar próximas dos limites inferiores recomendados.

    No que diz respeito ao grupo da fruta, do qual faz parte a fruta fresca como a maçã, a pera, o morango, a ameixa, o pêssego, a banana, os citrinos (limão, laranja), o melão, a melancia, os frutos tropicais (kiwi, manga, papaia) e outros, é recomendada a ingestão de 3 a 5 porções, sendo que 1 porção corresponde a 1 peça de fruta de tamanho médio (160g). A fruta, assim como os hortícolas, é uma fonte de vitaminas, minerais, fitoquímicos, fibra e água, pelo que é importante variar o consumo de fruta para conseguir uma maior diversidade de nutrientes. Todas estas substâncias estão relacionadas com um menor risco de desenvolver problemas de saúde, como determinados tipos de cancro, doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2 e obesidade.

    Segundo um estudo realizado Associação Portuguesa Contra a Obesidade Infantil (APCOI) e o Instituto de Saúde Ambiental (ISAMB) da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (FMUL), 74,9% das crianças entre os 2 e os 10 anos não cumpre a recomendação internacional da Organização Mundial de Saúde (OMS) para uma ingestão mínima de cinco porções de frutas e legumes diárias, ingerindo em média menos de 3 porções de fruta por dia.

    De forma a aumentar o consumo de fruta nesta faixa etária, a fruta pode e deve estar presente em diversas alturas do dia, como ao pequeno-almoço, merendas e como sobremesa preferencial. O consumo de vários tipos de fruta deve ser promovido junto das crianças de forma a que estas aprendam a gostar de diferentes sabores e texturas e percebam quais as frutas de que mais gostam. O exemplo dos pais e educadores é fundamental nesta fase da vida no sentido de incentivar o seu consumo.


    Joana Rodrigues Gonçalves – Nutricionista, C.P.:1833N


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