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Ser feliz. Ser feliz na escola. Ser aluno feliz na escola.

              Ser pai e mãe. Ser professor. Ser auxiliar. Ser aquele que deseja o aluno feliz na escola.

              A equação parece simples, de interpretação quase linear. Mas as variáveis que envolve trazem um novo conceito de escola: a escola é-o verdadeiramente ou plenamente se os alunos forem felizes.

              Durante muitos séculos, a escola foi local de saber, espaço de aprendizagem. Muitas vezes, o ser humano não cabia nestas paredes, os sentimentos quase nunca. Mas, a escola quer-se espaço de saber e de humanidade. A escola sonha-se espaço de saber com humanidade. E esta humanidade já não se desenha apenas na relação professor-aluno ou na união aluno-aluno. Esta humanidade quer envolver mais gente na sua teia tecida de sentimentos, de sensibilidade, de voluntariado e de interajuda. É uma teia feita de pessoas que quer na escola pais, auxiliares e todos aqueles que estão envolvidos na educação das nossas crianças e jovens.

              E a escola dos projetos vai nascendo com todos e reinventa-se. Na humanidade, busca o complemento do saber. No saber busca formas de o construir com quem aprende. A aprendizagem é feita de conhecimentos, mas também de saber-ser. É a escola dos valores a ocupar um espaço onde todos ensinam todos e onde todos aprendem e levam a escola para fora da escola e trazem o que é de fora da escola para o seu interior.

              Passo a passo, ideia a ideia, projeto a projeto, as mãos dão-se, os sentimentos florescem, os valores consolidam-se, o saber brota e os sorrisos contagiam. São crianças felizes porque sabem que esta é uma escola amiga.

Por Carla Marques