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Dia Mundial Sem Tabaco
5/26/2020
O objetivo da data é aumentar a consciencialização sobre os efeitos prejudiciais do uso do tabaco e da exposição ao fumo passivo, e desencorajar o uso do tabaco em qualquer uma de suas formas. O tema deste ano é "Vamos proteger os jovens da manipulação da indústria e prevenir o uso de nicotina e produtos de tabaco."
O tema surge num momento especialmente crítico, já que os novos produtos de tabaco, nomeadamente os cigarros eletrónicos e tabaco aquecido, vêm fazendo com que a prevalência de tabagismo aumente muito entre os jovens nos países em que eles são comercializados livremente.
Tabaco: alguns dados
O tabaco mata até metade do seu número de fumadores. É uma das maiores ameaças à saúde pública que o mundo já enfrentou. Em alguns países, crianças de famílias empobrecidas trabalham muitas vezes no cultivo de tabaco para aumentar o rendimento familiar. Estas crianças são especialmente vulneráveis à doença do tabaco verde, produzida pela nicotina absorvida pela pele quando as folhas molhadas do tabaco são manuseadas.
Controlo do tabagismo
Uma monitorização eficaz torna possível determinar a extensão e a natureza do consumo do tabaco de forma a melhorar e adaptar as políticas. Apenas um em cada três países, acompanha a sua evolução, realizando sistematicamente estudos de consumo em jovens e adultos.
Neste Dia Mundial Sem Tabaco, a Fundação Portuguesa do Pulmão, como promotora da saúde respiratória dos portugueses, propõe sete medidas de política antitabágica:
1. Aumento anual da carga fiscal sobre todos os produtos tabágicos. O aumento do preço do tabaco continua a evidenciar-se como o elemento mais eficaz no combate ao tabagismo ativo.
2. Que uma parte dos proventos arrecadados pelo Estado com o aumento da carga fiscal seja utilizada em campanhas antitabágicas, com particular realce para as dirigidas à população jovem, principal população-alvo.
3. Estender à prática de fumar através de cachimbo de água, cigarros eletrónicos e tabaco aquecido as mesmas normas de proteção de terceiros, aplicada às outras formas de consumo tabágico (cigarros cigarrilhas, charutos e tabaco de enrolar). Assim, num contexto da defesa da saúde pública, deve ser interditado o seu consumo nos mesmos locais onde seja proibido fumar.
4. Não aceitar - por falta de evidência científica - que o cigarro eletrónico e o tabaco aquecido sejam considerados menos prejudiciais para a saúde que o fumo do tabaco convencional e, portanto, que no momento presente, estes produtos tabágicos possam ser incluídos em estratégias de redução de danos ou em estratégias para o abandono do hábito de fumar.
5. A proibição de fumar em todos os espaços públicos fechados deve ser estendida às imediações de escolas e instituições de saúde
6. A proibição de fumar deve ser estendida aos ocupantes de todos os veículos motorizados.
7. Sendo o hábito de fumar uma adição, que se aplique a esta adição a mesma abordagem que o sistema nacional de saúde pratica relativamente a outras. Assim, propõe-se que os diversos fármacos usados no tratamento da adição tabágica sejam comparticipados pelo SNS.
Maio de 2020
Fontes: OMS e Fundação Portuguesa do Pulmão (adaptado)